Magnoli comparou os manifestantes aos fascistas de Mussolini.

Escritor é chamado de racista em protesto durante mesa na Flica

flicaprotNa manhã deste sábado (26), enquanto o geógrafo e sociólogo Demétrio Magnoli debatia na Flica, um grupo de estudantes deu início a um protesto sob brados de ‘racista’ e ‘fora, Magnoli!’. O ato foi pautado pelas opiniões desfavoráveis de Magnoli com relação às cotas raciais.
Dois estudantes, seminus, se pintaram na frente do professor, causando tumulto e interrompendo o debate. Uma faixa a favor das cotas também foi estendida.
“Estamos aqui fazendo este ato por contra esse cara que é racista, é contra as cotas. E Cachoeira é terra de preto, remanescente de quilombo”, diz Amanda, estudante de jornalismo da UFRB.
A professora da UFBA, Maria Hilda Baqueiro Paraíso, que também compunha a mesa, tentou negociar com os estudantes, mas não obteve sucesso. Os seguranças presentes no evento não conseguiram conter o tumulto, que só se dispersou quando a produção do evento propôs uma reunião com representantes do movimento. A pauta será uma possível mudança do tema da mesa, de preferência para um que contemple a questão racial no Brasil.
Magnoli comparou os manifestantes aos fascistas de Mussolini e arrematou: “No poder, esse grupo fuzilaria os seus opositores”. Encerrada, a mesa deve retornar às 13h30, a portas fechadas.
Fonte: Correio

Comentários

  1. É absolutamente ridículo chamar o professor Magnoli de racista. Qualquer um que conheça sua obra e tenha lido seu texto "Uma Gota de Sangue" há de concordar comigo. O que é muitas vezes racista é a forma como as cotas são tradas, sim, inclusive em considerações favoráveis; não por sua política em si, mas pela forma como alguns tentam justificá-la -- e digo isso sendo favorável às cotas e grande admirador do Magnoli.

    Embora tenhamos direito a manifestar todas as nossas idéias e opiniões (desde que não invadindo o espaço do outro à própria opinião), precisamos de críticas argumentativas, de opiniões fundamentadas e dispostas ao diálogo...

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