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Humor brasileiro reflete a nossa falta de identidade, diz historiador.

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  Autor do livro As Raízes do Riso, sobre a gênese do humor no país, mostra como características culturais estão impregnadas no nosso jeito de fazer rir Por  Rodrigo Levino   4 nov 2011, 22h22 As personagens Valéria (Rodrigo Sant'Anna) e Janete (Thalita Carauta), do quadro 'Metrô Zorra Brasil', do 'Zorra Total', da Globo. No programa, Janete sofre assédio e é encorajada pela transexual Valéria a aceitar: 'Aproveita, que você não pode escolher muito, sua estranha' Renato Rocha Miranda/Divulgação/TV Globo/VEJA Há um humor tipicamente brasileiro? Baseado em formatos importados e de história relativamente recente, o humor nacional não parece muito descolado de seus modelos estrangeiros. Mas ele tem, sim, as suas particularidades. De acordo com Elias Thomé Saliba, titular de teoria da história da Universidade de São Paulo (USP) e autor do livro  As Raízes do Riso  (editora Companhia das Letras, 366 páginas), que investiga a gênese do humor no Brasil, o cômico fei

Morre Jô Soares: entenda a importância dele na mídia brasileira.

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Foto: Reprodução/Instagram/Flavia Soares José Eugênio Soares, mais conhecido como Jô Soares, morreu na madrugada desta sexta-feira (05), aos 84 anos. O ator, apresentador, humorista, escritor e diretor, estava internado desde 28 de julho no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde deu entrada para tratar de uma pneumonia. Em nota, o hospital informou que ele morreu às 2h20 de madrugada. A causa da morte não foi divulgada. O enterro e velório serão reservados à família e aos amigos, em data e local ainda não informados. A morte foi confirmada inicialmente pela ex-esposa dele, Flavia Pedras,  nas redes sociais .  “Faleceu há alguns minutos o ator, humorista, diretor e escritor Jô Soares. Nos deixou no hospital Sírio Libanês, em São Paulo, cercado de amor e cuidados. O funeral será apenas para família e amigos próximos. Assim, aqueles que através dos seus mais de 60 anos de carreira tenham se divertido com seus personagens, repetido seus bordões, sorrido com a inteligência afiada desse

Voto facultativo: por que não temos no Brasil? Por Bruno André Blume, João Henrique Guidorizzi

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  No Brasil, o voto não é facultativo, sendo assim obrigatório para todos os cidadãos com mais de 18 e menos de 70 anos de idade. Isso representa cerca de 85% dos 147 milhões de eleitores. Apesar disso, temos níveis relativamente altos de abstenções, bem como de  votos brancos e nulos.  Tomemos como exemplo o  pleito de 2018 : No primeiro turno, 29,9 milhões de eleitores não compareceram às urnas. Outros 7,2 milhões anularam o voto e 3,1 milhões optaram pelo voto em branco. Somados, foram mais de 40 milhões de votos invalidados.  Esses números superaram a votação do segundo candidato mais votado na disputa presidencial,  Fernando Haddad, que teve 31,3 milhões de votos. No segundo turno, os ausentes chegaram a  31 milhões  e, ao contrário da eleição de 2014, houve aumento dos votos nulos (8,6 milhões). Os votos em branco diminuíram (2,4 milhões), mas ainda assim o nível de votos inválidos se manteve semelhante ao primeiro turno. Portanto,  algo próximo a 30% dos eleitores invalidam seu

São João e as eleições

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  Conjuntura Política O São João e as eleições   A visibilidade do São João obriga grande parte dos políticos a visitar suas bases eleitorais   Publicado  domingo, 26 de junho de 2022  às 18:05 h  | Atualizado em 26/06/2022, 18:06  | Autor:  Cláudio André de Souz -  Foto: Divulgação %> Os festejos juninos no Brasil têm como origem histórica a influência dos portugueses por aqui desde o século XVI, com a celebração de São João Batista, que era celebrado também de forma pagã na Europa, com os festejos para as “boas novas” em razão do Solstício de Verão. Alguns trabalhos com fontes históricas importantes sobre a colonização portuguesa revelam que diante de um território gigantesco, as comemorações portuguesas foram dando espaço a variações regionais da festa, conservando, em especial, um caráter religioso comum de louvor aos santos do mês de junho, seja pelo casório ou pelo banquete que representa a fartura das colheitas esperadas.  A antropóloga Lucia Helena Rangel aponta a riqueza da