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Mostrando postagens de setembro, 2014

Roda Viva | José Murilo de Carvalho | 22/09/2014

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https://www.youtube.com/watch?v=U8sM-Pwa8Sw

“STF terá que rever decisão sobre anistia”, diz procuradora

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  11.09.2014 | 19:14 Justiça de Transição   Para Silvana Batini, procuradora regional da República no Rio que defendeu a continuidade do julgamento dos acusados pela morte de Rubens Paiva, o STF terá que rever decisão sobre Lei da Anistia A decisão do Tribunal Regional Federal da 2.ª Região, que negou o pedido de habeas corpus para os cinco militares da reserva acusados da morte do ex-deputado Rubens Paiva, está sendo considerada histórica. Foi a primeira vez que um colegiado de magistrados de 2.ª instância afirmou que um crime cometido por agentes de Estado no período da ditadura não está acobertado pela Lei da Anistia de 1979. O relator do caso, desembargador federal Messod Azulay, lembrou que o Brasil é signatário de acordos e convenções internacionais segundo as quais os chamados crimes contra a humanidades não podem ser anistiados. “Estamos tendo uma oportunidade ímpar de prestar contas à sociedade, como

Voz calada do povo

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Em um Chile em crise, o músico Victor Jara compunha canções que representavam o sentimento popular. Foi acolhido nas áreas pobres, mas assassinado pela ditadura, que conseguiu extinguir a longo prazo este tipo de manifestação cultural Nashla Dahás 11/9/2014 Victor Jara "Eu sinto e não sei o que sinto; suspiro e não sei por quem; sinto um fogo que me abraça, como apagá-lo eu não sei; sou como a mariposa que voa ao redor da vela; ainda que me queime as asas, hei de ser tua sentinela; Dizem que o amor é branco, se é verdade eu não sei; Mas advirto que em meu peito suspiro e não sei por quem". A canção popular chilena foi gravada em 1961 pela banda Cuncumén, da qual o cantor Victor Jara fazia parte. As letras simples e de melodias folclóricas se misturavam a outras mais explicitamente engajadas. Liberdade, amor, e história ou tempo eram temas centrais, apresentados de forma despretensiosa e muitas vezes comovente. Segundo o historiador Gabriel S

Os inimigos de Getúlio continuam entre nós

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"Ao ódio respondo com o perdão; E aos que pensam que me derrotaram respondo com a minha vitória", da carta-testamento Ao fim de cinco anos de pesquisas, três volumes e 1.654 páginas, nem assim o jornalista Lira Neto, autor daquela que passa a ser a biografia definitiva de Getúlio Vargas ousou optar por uma das versões maniqueístas acerca de uma figura pespegada de polêmicas e mergulhada em contradições. Ante personagem tão multifacetado, o biógrafo eximiu-se de um juízo final. “Para muitos, ele foi o grande responsável pela modernização do Brasil, ao pôr em prática um modelo nacional-desenvolvimentista capaz de direcionar, em pouco mais de duas décadas, um país agrário para o rumo efetivo da industrialização”, escreve Lira Neto. “Sob essa mesma perspectiva, a vasta legislação trabalhista instituiu o necessário equilíbrio na relação entre patrões e empregados, superando os resquícios da escravocracia mais arcaica.” Para o lado de lá

10 histórias de mulheres revolucionárias que você não aprendeu na escola

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Algumas armadas com rifles, outras armadas com a caneta: 10 mulheres que lutaram muito por algo em que acreditavam e que provavelmente nunca serão estampadas em uma camiseta Por Whizzpast | Tradução: Vinicius Gomes Todo o mundo conhece homens revolucionários como Che Guevara, mas a história geralmente tende a polir as contribuições de mulheres revolucionárias que sacrificaram seu tempo e suas vidas na luta contra sistemas e ideologias burguesas. Apesar dos falsos conceitos a respeito, existiriam milhares de mulheres que participaram em revoluções ao longo da História, com muitas delas exercendo papéis cruciais. Elas podem vir de diferentes espectros políticos, algumas armadas com rifles e outras armadas com nada além da caneta, mas todas lutaram muito por algo em que acreditavam. Abaixo estão 10 exemplos dessas mulheres revolucionárias de todas as partes do mundo, que provavelmente nunca serão estampadas em um

Reportagem no mínimo tendenciosa

Aninha Franco: ACM e a política cultural   Até os anos 1950, quando Mangabeira e Edgar Santos criaram as escolas de Arte na Bahia, a produção artística e o entretenimento eram práticas amadoras. Salvador não dispunha de bons espaços para a recepção. Espectar era desconfortável. As escolas de arte fomentaram a profissionalização artística e a inauguração de espaços, como o Vila Velha, que lançou carreiras musicais e cênicas, o Castro Alves e o Acbeu.  O contato com os mestres das escolas impulsionou criadores e criações, mas inexistia infraestrutura profissional, indústria fonográfica, polo de cinema, produção teatral, e os criadores migravam em busca de trabalho e sobrevivência. Nos anos 1970, a política cultural de ACM iniciou a criação dessa estrutura, mas, a partir de 1983, ela sofreu quebra de continuidade por oito anos e, em 1979, perdeu João Augusto,

"Ei Globo, não sou tuas nêgas!"

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Categoria » Mulher Negra por  Laila Oliveira  para o Portal Geledés O sentimento de indignação me fez refletir sobre essa constante e secular sexualização que é imputada a nós mulheres negras. Uma imagem que há décadas é sustentada pela literatura brasileira, pela mídia e pelas músicas da indústria cultural responsáveis pela construção no imaginário popular dos estereótipos como a negra fogosa, a moreninha da cor do pecado, da mulata tipo exportação entre outros. Quase caí pra trás ao saber da mais nova obra de arte global, mais um duro golpe da mídia racista, a produção do seriado criado por Miguel Falabella, “Sexo e As Negas” parodiando o famoso “Sex and City”. A série ainda não tem data de estreia, e segundo o autor, a versão acontecerá em Cordovil, no Rio de Janeiro. Consistirá em um quarteto de amigas cariocas composto por uma camareira, uma cozinheira, uma operária e uma costureira, que viverão dilemas e obstáculos para alcançar o seu verdadeiro objetivo