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Mostrando postagens de março, 2014

"Empresas que apoiaram a ditadura poderão ser processadas"

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Rosa Cardoso, integrante da Comissão da Verdade "Empresas que apoiaram a ditadura poderão ser processadas" Apesar do atraso de décadas para começar a revisar os crimes da ditadura, a advogada pernambucana Rosa Cardoso da Cunha, mestre em direito penal, que integra a Comissão Nacional da Verdade (CNV), diz não se sentir ansiosa com a tarefa que tem pela frente. Por Carla JIMENEZ Responsável por apurar o envolvimento das empresas no patrocínio do golpe militar de 1964, Rosa precisa organizar as informações levantadas até aqui a respeito do assunto e monitorar os documentos de novos acervos disponibilizados para a CNV. “Foram investidos muitos recursos por empresários brasileiros para que o golpe se mantivesse”, afirma Rosa. A identificação de empresas que forneciam listas negras, com os nomes de trabalhadores suspeitos de subversão, aos órgãos de controle do governo pode vir a gerar processos na Justiça. “O fato pode ser

Dez anos de cotas nas universidades: o que mudou?

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  Mudança garantiu avanços nacionais em termos de inclusão, mas São Paulo ainda se recusa a estabelecer ações afirmativas para negros, pardos e indígenas Por Igor Carvalho Alunos da USP protestam pedindo cotas na universidade (Foto Agência Brasil) Em 1997, apenas 2,2% de pardos e 1,8% de negros, entre 18 e 24 anos cursavam ou tinham concluído um curso de graduação no Brasil. O baixo índice indicava que algo precisava ser feito. "Pessoas estavam impedidas de estudar em nosso país por sua cor de pele ou condição social. Se fazia necessário, na época, uma medida que pudesse abrir caminho para a inclusão de negros e pobres nas universidades", lembra a pesquisadora e doutora em Educação da Universidade Federal Fluminense (UFF), Teresa Olinda Caminha Bezerra. A solução encontrada para que se diminuísse o déficit histórico de presença de negros e pobres nas universidades brasileiras foi a adoção de ações afirmativas por meio de reservas de vagas, que ficaram

As universidades e o regime militar

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Depois do AI-5, UFMG teve 15 professores expulsos das salas de aula Universidade foi a quarta no país em número de profissionais retirados do trabalho por determinação dos militares Leonardo Augusto Publicação: 16/03/2014 00:12 Atualização: 16/03/2014 08:19 "Os militares identificavam o movimento estudantil como o principal adversário do regime" - Rodrigo Patto Sá Motta, professor do curso de história da UFMG e autor do livro As universidades e o regime militar A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) teve 15 professores aposentados compulsoriamente pela ditadura militar depois do Ato Institucional nº 5 (AI-5), que entrou em vigor em 13 de dezembro de 1968, fechando o Congresso Nacional, assembleias legislativas, câmaras municipais e aumentando a repressão das forças militares contra aqueles que se opunham ao regime. A escola foi a quart

OPINIÃO: “Eu sou o cara”

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Doutor em Educação, Professor Adjunto do Departamento de História da UESB e Coordenador do Laboratório Transdisciplinar de Estudos em Complexidade por Carlos Alberto Pereira Silva Neste momento estão ocorrendo vários eventos, preenchidos por importantes discussões, que objetivam refletir acerca da ditadura civil-militar implantada no Brasil em 1964. Certamente, muitas análises procurarão identificar diversos aspectos do regime ditatorial que ainda estão presentes no cotidiano da sociedade brasileira. È com esta intenção que, nesse artigo, eu reflito acerca da trajetória de Roberto de Oliveira Campos, um expoente do regime autoritário, cuja vida foi vinculada à defesa das ideias liberais que foram muito combatidas no século XX e hoje são acolhidas por segmentos políticos aparentemente díspares. Refletir acerca do itinerário deste homem e sobre a sua ideologia é algo fundamental porque, tendo sido muito contestado durante a segunda metade do século passa

As 14 mulheres mais cruéis da história

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Condessa se banhou em sangue de virgens, nazista usava pele de presas como enfeite e babá torturou jovem até a morte Em 1965, os pais de Sylvia Marie Likens, 16 anos, e de Jenny Faye Likens, 15, encarregaram Gertrude Baniszewski de cuidar das adolescentes enquanto se ausentavam em viagens frequentes. Mas o que o casal de Indiana, EUA, não imaginava era que o atraso de um dos pagamentos pelos serviços da babá a transformaria em assassina de uma das adolescentes: Sylvia.   Gertrude descontou sua raiva em forma de sessões de espancamento diários contra a jovem, além de incitar seus filhos a fazer o mesmo e ameaçar Jenny para que ela também participasse da tortura. Sylvia foi trancada em um porão onde sofreu sistemáticos abusos sexuais e outras inúmeras formas de violência até sua morte, em outubro do mesmo ano. Após ser sentenciada a 18 anos, Gertrudes deixou a prisão. Ela morreu de câncer em 1990, aos 60 anos. Este é apenas um dos inúmeros casos de horror protagonizad

Uma nova classe trabalhadora

Uma nova classe trabalhadora, por Marilena Chauí dom, 07/07/2013 - 09:17 - Atualizado em 02/09/2013 - 08:12 Por Marco Antonio L. Do site Carta Maior Uma nova classe trabalhadora Em artigo para livro '10 anos de governos pós-neoliberais no Brasil: Lula e Dilma' (Boitempo, 2013), a filósofa Marilena Chauí afirma que uma nova classe trabalhadora se constituiu no país num momento em que políticas econômicas e sociais avançaram em direção à democracia, mas as condições impostas pela economia neoliberal determinaram a difusão da ideologia da competência e da racionalidade do mercado. Com isso, ela se tornou propensa a aderir ao individualismo competitivo e agressivo difundido pela classe média. Marilena Chauí 1. Surpresas Alguém que, nos anos 1950 e 1960, conhecesse as terríveis condições de vida e de trabalho das classes populares brasileiras e, naquela époc

Ator Vinícius Romão discursa sobre a banalização das prisões provisórias e o racismo no Poder Judiciário

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“Queria começar o meu discurso fazendo uma pergunta a vocês: como é estar preso e não ter o direito de provar a sua inocência?” Com este questionamento, o ator Vinícius Romão iniciou a audiência pública sobre a banalização das prisões provisórias e o racismo no Poder Judiciário, realizada às 10h, desta quinta-feira (13) pela Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa, presidida por Marcelo Freixo (PSOL).Vinícius foi preso no dia 10 de fevereiro, no Méier, após ser confundido com um assaltante. Ele passou 16 dias na Cadeia Pública Juíza Patrícia Acioli, em São Gonçalo. Vinícius dá a dimensão pessoal de um drama que o Brasil está longe de superar: o racismo e suas expressões institucionais. Segundo informações do Departamento Penitenciário Nacional, em 2011, dos 514.582 presos no Brasil, 274.253 são negros, o equivalente a 54%. Além de lembrar o sofrimento vivido por ele e por sua família – seu pai, Jair Romão, acompanhou a au

El país: Sociedade: Por que andar de ônibus no Brasil não é politicamente correto?

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Por que andar de ônibus no Brasil não é politicamente correto? Foto de atriz Lucélia Santos usando transporte público no Rio circula nas redes sociais e vira alvo de brincadeiras de mau gosto Marina Rossi São Paulo 13 MAR 2014 - 19:09 BRT Arquivado em: Atrizes Rio de Janeiro Transporte público Estado Rio de Janeiro Brasil Preconceitos Gente América do Sul América Latina Problemas sociais Transporte América Sociedade A atriz Lucélia Santos, em ônibus no Rio. / Reprodução/Instagram No início desta semana, uma foto da atriz Lucélia Santos, de 56 anos, circulou pelos portais, sites de fofoca e as redes sociais no Brasil. Na segunda-feira, a atriz, que atualmente mora no Rio de Janeiro, tomou o ônibus 524 (Botafogo-Barra da Tijuca) para se locomover pela cidade onde mora. Um fã tirou uma foto e postou nas redes sociais "524 lotado. Me ofereço pra segurar a bolsa da moça. E quando olho, é a atriz Lucélia Santos