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Mostrando postagens de julho, 2013

“Pobre estudar medicina é afronta para a elite”, diz médico formado em Cuba

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“Pobre estudar medicina é afronta para a elite”, diz médico formado em Cuba Formados em Cuba, médicos falam da elitização dos cursos e criticam os métodos de avaliação brasileiros dos profissionais formados do exterior 31/07/2013 José Coutinho Junior da Página do MST A elitização do ensino de medicina no Brasil é um obstáculo para jovens de baixa renda entrarem nas universidade e se formarem. Já os problemas nas provas de revalidação do diploma dificultam o exercício da profissão em território nacional pelos brasileiros que conseguiram se formar no exterior. “Quem estuda medicina no nosso país são os filhos das elites, em sua maioria. É uma afronta para a elite um negro, um pobre, um trabalhador rual, filho de Sem Terra estudar medicina na faculdade, principalmente pelo  status  conferidos por essa profissão”, afirma Augusto César, médico brasileiro formado em Cuba e militante do MST. Estudo do Ministério da Educação (MEC) aponta que 88% dos matriculados em

PAPA POP & PROVOCADOR (Estado laico esquecido, religião oficial consagrada)

Estado laico esquecido, religião oficial consagrada Por Alberto Dines em 30/07/2013 na edição 757 Ninguém lhe roubará o título de figura mais humana, simpática e mais calorosa do mundo. Quintessência da bonomia e da lhanura. Esses galardões o papa Francisco conquistou no seu primeiro périplo internacional, aqui, no Brasil, e o manterá, esperamos, por um longo tempo. Percebeu a bagunça na organização do evento e generosamente a atribuiu a si, acobertando involuntariamente a irresponsabilidade embutida na incúria e na incompetência dos anfitriões. Por outro lado, a visita do sumo pontífice, embora riquíssima em matéria de provocações e estímulos de ordem moral e política, não conseguiu nos aproximar da discussão direta sobre um dos problemas centrais do mundo contemporâneo: o poder religioso e a ausência de um contrapoder democrático para contrabalançá-lo. Em outras palavras: a questão do laicismo do Estado continuará fermentando, adiada e explosiva. Co

Ensinamentos de Cuba.

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“Medicina cubana ensina a atender o povo com qualidade e humanismo” Augusto César e Andreia Campigotto, ambos formados em medicina em Cuba, destacam as diferenças nos métodos de formação utilizados na área da saúde brasileira e cubana 30/07/2013 José Coutinho Junior da Página do MST A saúde no Brasil tem sido tema de grandes debates nas últimas semanas, provocados tanto pelas manifestações das ruas, que exigem melhoras e mais investimentos na área, quanto pelas propostas recentes do governo em trazer médicos de outros países para trabalhar em regiões mais carentes. Essas propostas, assim como a obrigação dos estudantes de universidades públicas em cumprir dois anos no Sistema Único de Saúde (SUS), tem sido alvo de fortes críticas das associações de médicos, que afirmam que essas não seriam as soluções para os problemas. A  Página do MST  conversou sobre o tema com Augusto César e Andreia Campigott

Rebelião das massas.

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A rebelião das massas: a origem dos movimentos sociais É bastante fácil fazer surgir sentimentos na alma das multidões, mas é dificílimo refreá-los. Desenvolvendo-se, convertem-se em forças que não são possíveis dominar Gustave Le Bon 1895 Voltaire Schilling As massas e a história Descontando-se os inúmeros e praticamente incontáveis levantes de massas que ocorreram na história da humanidade, sob o ponto de vista da época contemporânea, pode-se fixar sua erupção na política a partir de dois eventos muito próximos. Um deles, a Boston Tea Party (A Festa do Chá em Boston, que ocorreu em 1773), um tanto antes da eclosão da Revolução Americana (1776-1783); o outro, a Queda da Bastilha, de 14 de julho de 1789, foi responsável pelo desabamento de uma monarquia que já existia há mais de 13 séculos na França. Queda da Bastilha, em 14 de julho de 1789 Foto: Getty Images Ambos os acontecimentos são marcos da espetacular ação das m

Padre Cícero, entre a política e a religião

Padre Cícero, entre a política e a religião A vida do mais amado e controvertido mito religioso do sertão que, para muitos, foi um santo; para outros, um “coronel de batina” Por José Paulo Borges Tudo começou com um sonho de um jovem pároco sertanejo de menos de 30 anos de idade, estatura pequena, pele branca, cabelos claros e inacreditáveis olhos azuis. No sonho, o próprio Jesus Cristo, rodeado pelos 12 apóstolos, surge ao padre e conta sua mágoa com a humanidade. Depois, aponta para um punhado de nordestinos maltrapilhos e descalços, provavelmente fugidos da seca, e ordena ao padre: “Quanto a ti, toma conta deles!” Impressionado, o padre decide se fixar definitivamente em Joaseiro (grafia utilizada à época), no sertão do Cariri, interior do Ceará – na época, um arraial miserável com 40 ou 60 casas de taipa cobertas de palha, habitado por uns “cabras” desordeiros e desregrados. Era 1872. Com o tempo, o trabalho do padre junto àquele povo foi dand

"O papa é Pop" Parte II

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Papa Francisco é a contrarrevolução moderna  Elevado ao trono de Pedro, religioso portenho reanima a mais importante instituição mundial do conservadorismo A visita do chefe máximo da Igreja Católica ao Brasil virou um daqueles consensos aos quais se referia o escritor Nelson Rodrigues. “A unanimidade é burra”, pontificava o reacionário e fanático torcedor do Fluminense. Praticamente todos os setores da sociedade, afinal, estão batendo palmas para o sumo pontífice. Efe Papa Francisco desfila pela cidade paulista de Aparecida. Visita do pontífice monopolizou cobertura de tvs locais e internacionais Até mesmo representantes ilustres da antiga teologia da libertação juntam-se ao coro dos embevecidos. O centro nervoso do culto ao papa argentino está em seus modos simples e nos discursos voltados à pobreza. Depois da égide de uma nobreza eclesiástica ancorada na guerra fria contra o socialismo, eis que o Vaticano passa ao comando d

Preconceito institucional? (perguntar não ofende)

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Marinha oferece casinhas para remover comunidade do Quilombo de Rio dos Macacos Por racismoambiental , 07/04/2013 11:58 Share on facebook Share on twitter Share on orkut Share on gmail Share on yahoomail Share on hotmail Share on live Share on googletranslate Share on favorites Share on print More Sharing Services 3 A bondade da Marinha, na notícia: “Disposta a investir mais de R$ 3 milhões, a União pretende resolver de forma amigável o impasse, deixando de lado as convicções de órgãos federais”. Quais convicções??? TP. Alexandro Mota – Correio Posseiros: aqueles que se encontram na posse clandestina ou ilegítima de terras particulares. Quilombolas: comunidade descendente de africanos escravizados que mantêm tradições culturais ao longo dos séculos. Essa poderia ser uma discussão semântica, se não fosse uma briga judicial que vai completar quatro anos entre a Marinha do Brasil e moradores do local que ficou conhecido com quilombo Rio dos

Morre Candeeiro, último cangaceiro de Lampião

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24/07/2013 Morre Candeeiro, último cangaceiro de Lampião Candeeiro, último cangaceiro vivo do bando de Lampião Morreu nesta quarta-feira o último cangaceiro do bando de Lampião, Manoel Dantas Loiola, de 97 anos, mais conhecido como Candeeiro. Ele faleceu na madrugada de hoje no Hospital Memorial de Arcoverde onde estava internado desde a semana passada, após sofrer um derrame. O sepultamento está marcado para as 16h, no cemitério da cidade de Buíque. Pernambucano de Buíque (a 258 quilômetros do Recife), Manoel ingressou no bando de Lampião em 1937, mas afirmava que foi por acidente. Trabalhava em uma fazenda em Alagoas quando um grupo de homens ligados ao famoso bandido chegou ao local. Pouco tempo depois, a propriedade ficou cercada por uma volante e ele preferiu seguir com os ba

"A juventude de fome de que?"

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Esses jovens têm fome de quê? A jornada nacional da juventude, eclodida a partir de junho, comprova que a juventude brasileira tem fome de pão e de beleza 23/07/2013 Frei Beto Viagens papais são sempre preparadas com muita antecedência, sem afogadilho e, na medida do possível, com o mínimo de imprevistos. Agora, entretanto, discursos passam por revisão tanto no Vaticano quanto nos palácios dos governos do estado e da cidade do Rio de Janeiro, e no Planalto. A Jornada Mundial da Juventude foi precedida pela surpreendente jornada nacional. O papa Francisco, que muitos jovens já tratam por papa Chico, chega ao Brasil a 22 de julho. Ficará seis dias no Rio, com uma breve escapada até o santuário nacional de Aparecida (SP), na manhã do dia 24. Na intensa programação ofi cial as autoridades civis levam a melhor. Elas estarão com o papa Francisco dia 22, ao recepcioná-lo no Aeroporto Tom Jobim; no d

"O Papa é Pop, O Papa é Pop!"

FRANCISCO NO BRASIL Papa pop vai esquentar debate sobre Estado laico Por Alberto Dines em 23/07/2013 na edição 756 A simpatia, humanidade e despojamento que se irradiam de Jorge Mario Bergoglio, o papa Francisco, não impedirão que junto com a empolgação religiosa/espiritual propiciada pela sua visita ao Brasil aflore sem constrangimentos a esquecida relação Igreja-Estado.  A formidável preparação para a visita pontifícia ao Rio de Janeiro e ao santuário de Aparecida – inclusive na esfera midiática – deverá carrear ganhos efetivos ao catolicismo jovem, sobretudo latino-americano. Como contrapartida, é justo esperar que o debate sobre laicismo e teocracia, discutido enfaticamente quando se trata da derrubada do presidente Mohamed Morsi no Egito, seja capaz de transferir-se para a notória supremacia do catolicismo no Estado brasileiro. As aberrantes atitudes do pastor-deputado Mar

Catolicismo popular na escrita do Folclore Brasileiro

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Catolicismo popular na escrita do Folclore Brasileiro Mônica Martins da SILVA * RESUMO O Folclore, expressão polissêmica e controversa, pode ser entendido como um movimento intelectual que se consolidou no Brasil entre os anos de 1940-1970 e que elegeu diversos temas da cultura brasileira como tradicionais e relevantes para se definir o que seria o folclore nacional. Destaca-se o catolicismo popular como tema recorrente nas escolhas dos folcloristas como: festas, procissões, romarias, penitências, entre outros e analisa-se que se construíram narrativas particulares para se abordar os temas associando-os a uma pretensa identidade nacional e a valores considerados relevantes em um país eminentemente católico bem como construíram-se interpretações, julgamentos e recortes que selecionaram, incluíram e excluíram diversas práticas populares. Considera-se nesta análise a escrita de autores como Renato de Almeida, Edson Carneiro, Rossini Tavares Lima e Câmara Cascudo.