Folclore do Nordeste Brasileiro
Folclore do Nordeste Brasileiro
Semira Adler Vainsencher
Pesquisadora da Fundação Joaquim Nabuco
A palavra folclore (folk-lore)
foi criada pelo arqueólogo inglês William John Thoms. Ele usou o
vocábulo no dia 22 de agosto de 1846, pela primeira vez, em uma carta
publicada no jornal The Athenaeum de Londres. Através da
referida denominação, Thoms pretendeu englobar os estudos que vinham
sendo chamados de Antiguidades Populares, Tradições Populares e
Literatura Popular, e que possuíam, como principais características, a
popularidade, a oralidade, o anonimato e a antiguidade.
Com o passar dos anos, o domínio do folk-lore foi
se ampliando. Atualmente, o conceito compreende o estudo da cultura
espontânea da sociedade, ou seja, tudo aquilo que as pessoas dizem,
sentem e fazem. O folclore se tornou uma ciência sócio-cultural, por
assim dizer. Tal ciência objetiva dar conta dos mitos, superstições, contos, fábulas, poesias populares,provérbios, culinária, arte, literatura popular, música, jogos e brincadeiras infantis, danças, entre tantos outros, ainda que seus elementos não sejam mais anônimos e/ou orais (como, por exemplo, a literatura de cordel).
Independentemente
do grau de civilização, de cultura, de capacidade, de ingenuidade, ou
até mesmo de barbárie, todas as sociedades desenvolvem hábitos e
costumes próprios acerca do mundo e das coisas, ou, em outras palavras,
possuem uma alma coletiva, algum tipo de sabedoria popular. Essa alma,
projetada nas manifestações culturais, é um elo de ligação entre o
microcosmo e o macrocosmo, exprimindo tanto as especificidades
individuais quanto o material herdado pelo indivíduo através de sua
família, de sua prole, de seu bando, de sua sociedade. Neste sentido,
engloba aspectos psíquicos, históricos e antropológicos.
No
Brasil, os estudos sobre folclore só atingiram um nível científico em
1913, quando o lingüista e historiador João Ribeiro realizou o Curso de Folclorena
Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. O folclore passou a representar,
inclusive, uma área de suma relevância da antropologia cultural e, o
dia 22 de agosto, mediante um decreto de 1965, foi instituído como o Dia
do Folclore.
O Nordeste brasileiro -
região produtora de açúcar, por excelência - não sofreu a influência
marcante de outras culturas (salvo a portuguesa e a africana) como os
estados do Sul e Sudeste do País. Tampouco os holandeses deixaram marcas
profundas na região. Os nordestinos criaram hábitos e costumes sui generis, fruto
da miscigenação de três populações: a européia (os portugueses), a
africana (os escravos) e a ameríndia (os nativos locais). Essas três
raças geraram a população nordestina e todas as suas raízes culturais.
É comum a associação de praias, jangadas, pescadores, coqueiros,cangaço, e/ou carros-de-boi ao Nordeste. O folclore regional, por sua vez, é muito rico e abrangente, incluindo, entre outros elementos, o artesanato, as superstições e crendices, a linguagem popular, a literatura de cordel, os cultos, os folguedos populares, a culinária, os brinquedos populares, as artes e técnicas, as festas tradicionais, as adivinhações, os pregões e os remédios populares.
Em se tratando de festas populares, no carnaval de Pernambuco podem ser apreciados os maracatus, caboclinhos, pastoris, à la ursas, clubes de frevo, entre outros elementos. O pastoril,
um dos importantes folguedos nordestinos, é representado no período de
23 de dezembro a 6 de janeiro, e consta de bailados, danças, cantos,
diálogos, recitativos (em louvor ao nascimento de Jesus), por parte de
duas alas: as pastoras do cordão azul e as do cordão encarnado. Elas
dançam e cantam:
Boa-noite, meus senhores todos,
Boa-noite, senhoras também;
Somos pastoras
Pastorinhas belas
Que alegremente
Vamos a Belém...
Tudo
indica que o pastoril foi introduzido no século XVI por padres
portugueses. Antigamente, ele era representado apenas junto das igrejas,
com o objetivo de entreter aqueles que aguardavam a missa do galo.
Hoje, pode-se apreciá-lo em praças públicas e palcos, onde as
pastorinhas dançam, geralmente, ao som de um conjunto de pau-e-corda.
Mas, em alguns Estadosnordestinos, o acompanhamento inclui sanfonas e
violões, além de um conjunto de sopro e percussão.
O
maracatu é um outro folguedo nordestino, criado pelos negros que
buscavam manter o rigor da nobreza, os símbolos do poder e os acessórios
de uma realeza européia. Para tanto, associaram a força agregadora da
unidade social e os preceitos religiosos. No Recife, a organização e o
estabelecimento da prática do Reinado do Congo ocorreu em 1674, na Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos. Lá, foram realizadas eleições entre os escravos, a fim de escolher quem seria o rei e a rainha.
O
maracatu, portanto, representa uma oportunidade de reviver momentos das
relações de poder entre senhores e escravos. Nele, o complexo religioso
do Xangô também se faz presente. Os grupos levam estandartes
exuberantes, bordados com fios dourados sobre veludo e cetim, a nobreza
com as suas coroas, espadas, cetros, capas, as damas da corte levando
calungas, todos ao som de um conjunto de instrumentos de percussão.
Somente a partir da abolição da escravatura, o maracatu passou a fazer
parte do ciclo carnavalesco, resumindo-se ao desfile da corte real negra
e obedecendo ao estilo das procissões católicas.
Apesar
de serem tratados como pertencentes à "segunda categoria", vale
destacar a beleza dos maracatus rurais, uma outra apresentação
folclórica do carnaval oriunda dos municípios da zona canavieira de
Pernambuco. Seus principais personagens são os lanceiros (ou caboclos de
lança), os tuxaus, as baianas, um tirador de loas e a orquestra.
Os
Caboclinhos, Cabocolinhos, ou Caboclos, representam um folguedo de
origem indígena que se apresenta, durante a festa carnavalesca, nos
Estados de Pernambuco, Paraíba, Alagoas e Ceará. São uma espécie de
reisado com bailados mímicos. Tem sua origem em danças executadas por
crianças e adolescentes tupinambás do sexo masculino. Foi através desses
bailados e brincadeiras que os missionários, no século XVI, conseguiram
ganhar a confiança dos índios e, em especial, dos mais jovens. O fato
está registrado no livro "Tratado da terra e gente do Brasil", escrito
em 1584 pelo padre Fernão Cardim.
Como
caboclinhos (filhos de caboclos ou descendentes de índios) participam
meninos de 10 a 15 anos de idade. Eles usam tangas, cocares, braceletes
de penas de peru, brincos (feitos de conchas, dentes ou sementes),
colares, machadinha, arco-e-flecha, cocares de penas e pintam o corpo
com ocre. O grupo possui, no máximo, vinte integrantes. Em som ritmado,
todos acionam seus arcos-e-flechas de madeira e dançam ao som de
instrumentos indígenas: maracás, reco-recos e pífanos. Quem comanda o
grupo é o "caboclo velho", um adulto que é considerado o rei ou o
mestre.
Os
caboclinhos do Rio Grande do Norte, em particular, são bem diferentes:
não usam penas em seu vestuário, seu bailado possui maior vibração e
alegria, não utilizam o arco-e-flecha como instrumento de guerra, mas
para dar ritmo às danças, e não restringem suas apresentações ao período
de carnaval.
O bumba-meu-boi é
uma das representações folclóricas mais importantes do Nordeste. Esse
espetáculo deve ter sido introduzido, também, no século XVI, no período
do ciclo econômico do gado. Segundo os estudiosos, apesar de não possuir
uma origem africana, o bumba é um espetáculo de negros, onde eles se
apresentam conformados com a sua inferioridade social e transformam a
sua dor em comicidade.
A
estória é bem simples: um certo homem branco, dono de um boi, vê um
homem negro roubar-lhe o animal, com o objetivo de retirar sua língua.
Por qual razão? Porque a sua esposa, que está grávida, deseja comer
língua de boi. O boi morre ao ter sua língua retirada. Acontece que esse
era o boi predileto do patrão. Então, um pajé tenta ressuscitar o
animal morto.
Um
aspecto a ser observado no bumba diz respeito à ausência de personagens
do sexo feminino e à inferioridade com que a mulher é tratada: todas as
figurantes são interpretadas por travestis. A única exceção é a
pastorinha, representada por uma menina ou adolescente (porém, jamais
uma mulher). No Maranhão, o folguedo se apresenta muito rico.
Além
de certas modificações em sua coreografia, o folguedo possui nomes
distintos nos estados: Boi-Calemba, no Rio Grande do Norte; Boi Surubi,
no Ceará; Rancho-de-Boi, na Bahia; Bumba-meu-Boi em Pernambuco e
Alagoas; e Cavalo-Marinho, na Paraíba.
Em
Alagoas, por exemplo, percebe-se uma abertura de porta, como nos demais
reisados, e um desfile de animais e personagens que dançam ao som da
música característica cantada pelo coro. O primeiro a aparecer é a
Burrinha e ela vem seguida do Cavalo-Marinho - uma armação como a do
boi, porém comportando uma cabeça de cavalo pintada. Os outros
personagens surgem sempre a dançar, tentando espantar os Mateus e a
Catirina, bem como amedrontar as crianças ingênuas. Pode-se observar no
espetáculo o Mané do Rosário, o Pantasma (Fantasma), o Morto-e-Vivo, o
Foiará (Folharal), a Margarida, o Mandú, o Jaraguá, as Caiporinhas, as
Sereias e o Pastor, a Sinhá Felipa - homem vestido de mulher com máscara
- o Lobisomem, o Cego, o Doutor, entre outros. Uma das variações do
Bumba-meu-boi é o Boi-Bumbá, representado no Amazonas.
No tocante às danças folclóricas, destaca-se o coco de roda: uma
dança mestiça surgida em Alagoas, nos tempos coloniais, onde se
misturam dois tipos de escravos: africanos e índios. O ritmo é dado por
zabumbas, pandeiros e tamborins, mas as mãos representam o mais
importante instrumento musical. O coco de roda era a dança preferida
pelos cangaceiros de Lampião. Por isso, ainda se ouve cantar no Nordeste:
É Lampe, é Lampe, é Lampe,
é Lampe, é Lampe, é Lampião,
seu nome é Virgulino e
o apelido é Lampião.
Da mesma forma que o coco de roda, o reisado remonta
ao período do Brasil-Colônia, ocorrendo nas festas de Natal e Reis.
Seus personagens interpretam os próprios continuadores dos Reis Magos,
vindos do Oriente para visitar o Deus Menino. Alguns figurantes do
reisado são encontrados, também, no espetáculo do bumba-meu-boi: Mateus,
o rei, a rainha, o mestre e o contramestre, o governador, o palhaço, o
índio Peri, a sereia, entre outros.
No
estado de Alagoas, os componentes dos reisados se apresentam com
chapéus ricamente bordados e enfeitados com estrelas, fitas douradas e
pequenos espelhos, que funcionam como amuletos para espantar os maus
olhados, voltando-se contra quem os desejou. A coreografia é bem
simples: os integrantes entabulam galopes, gingados e corrupios, pelas
ruas e praças das cidades, enquanto os músicos tocam sanfonas,
pandeiros, tambores e zabumbas.
Representando ao mesmo tempo uma dança e uma espécie de luta, a capoeira surgiu
no Nordeste, trazida pelos escravos africanos. Difundiu-se muito
depressa em Salvador, e um pouco no Recife e no Rio de Janeiro. A
capoeira é dançada ao som do pandeiro, de cantos, do ritmo de palmas, e
especialmente do berimbau.
Originário
da África, esse instrumento compõe-se de um arco de madeira, com cerca
de um metro e meio de comprimento, uma corda de metal, feita de arame,
uma caixa de ressonância - uma cabaça cortada e amarrada com cordão -,
uma cestinha contendo sementes de caxixi, uma vara pequena de madeira
para percutir a corda, e uma moeda pesada. Feito um semicírculo, duas
pessoas entram na roda e começam a lutar através de gingas, meneios de
corpo, rasteiras, golpes e contragolpes rápidos. Há que se ter cuidado,
no entanto: alguns golpes de capoeira podem levar à morte.
Dentre as principais festas e músicas folclóricas nordestinas, destaca-se a festa de São João ou o chamado ciclo junino. Nessa época do ano, dança-se bastante o forró, uma dança de pares cuja música foi consagrada pela saudosa dupla de compositores Luiz Gonzaga/José
Dantas. Durante as festividades, as pessoas costumam se vestir com
tecidos bastante coloridos, as chamadas roupas de matuto: as mulheres,
vestindo saias largas, cheias de babados, calçadas com sapatos e meias,
enfeitadas com grandes tranças no cabelo que terminam com laços de fita
e, por cima, um chapéu de palha; e, os homens, vestindo calças
remendadas, camisas coloridas, todos eles enfeitados com bigodes e
cavanhaques pintados a carvão, carregando um cachimbo na boca, e também
com um chapéu de palha na cabeça.
Essa
festa ocorre na véspera do dia 24 de junho, ou seja, inicia-se no
princípio da noite do dia 23. Durante o ciclo junino, as ruas são
enfeitadas com bandeirinhas coloridas (coladas em uma linha e presas nos
postes), faz-se os "casamentos de roça" e dança-se a quadrilha (uma
animada dança de pares). Acende-se ainda uma fogueira, e todos comem
comidas à base de milho (canjica, pamonha, munguzá) e/ou massa de mandioca (bolo Souza Leão, bolo pé-de-moleque), solta-se fogos e balões.
Sob
o som constante do forró, o chefe da quadrilha dá os comandos
principais da dança e os pares obedecem. É comum ver as pessoas assando
milho verde nas fogueiras. Pouco depois de acabado o São João é
comemorado o São Pedro, no dia 29 de junho. Durante todo o mês de junho
realizam-se festejos nas cidades de Campina Grande (Paraíba) e Caruaru
(Pernambuco).
De origem européia, o carnaval, sem dúvida alguma, representa a maior festa nordestina. Ao som do frevo, os blocos carnavalescos desfilam
pelas ruas. No Rio de Janeiro e em São Paulo, onde as famosas escolas
de samba se apresentam, não se ouve tocar e dançar o frevo: o samba é a
música típica do carnaval.
Nas capitais e outras cidades do Nordeste do Brasil, nos últimos anos, comemora-se ainda o carnaval fora de época.
O cangaço e os cangaceiros - representados por Lampião, Maria Bonita
(sua esposa), Silvino, Cabeleira, e outros - transformaram-se em temas e
figuras folclóricas de destaque, presentes na música, no vestuário e no
artesanato.
O Nordeste possui
uma culinária rica e variada. Destacam-se os seguintes pratos: peixada,
sirizada, quiabada, muqueca de peixe, pirão de peixe, casquinho de
caranguejo, buchada, galinha de cabidela, entre outros. São
tradicionais: o cavaquinho, o rolete de cana, a pipoca, o caldo de cana,
a rapadura, o raspa-raspa, a umbuzada, o algodão doce, o queijo
manteiga. A cozinha baiana merece destaque. Nas ruas de Salvador, negras vestidas de baianas vendem acarajés fritos no azeite de dendê e abarás.
A cozinha pernambucana também
é deliciosa. Destacam-se nela: rabada, buchada, dobradinha, galinha à
cabidela, quitutes à base de milho (canjica, pamonha, bolo de milho,
munguzá, milho cozido e milho assado), compotas de frutas, sucos
variados, tapiocas de coco e tapiocas molhadas (embrulhadas em folhas de
bananeira), entre tantos outros. No Maranhão, alguns de seus pratos
típicos são o arroz-de-cuxá, as frigideiras de camarão, os doces de
buriti, bacuri, cupuaçu e murici. No Piauí, encontram-se: os peixes
fritos em óleo de babaçu, a paçoca (feita de carne-de-sol assada, socada
no pilão com farinha e cebolinha branca), e a cafofa (frito de tripas
de criação). Já em Alagoas, além de inúmeras iguarias, pode-se apreciar o
feijão de coco e a papa de feijão.
O artesanato nordestino é
muito bonito e diversificado. Na região são produzidos diversos tipos
de cerâmica (utilitária, decorativa e lúdica); redes e rendas;
cestarias; xilogravuras; talhas e esculturas em madeira; trabalhos
feitos em couro, pedras, mariscos, chifres, sementes, grãos, fibras,
entre tantos outros.
Cabe
registrar que a arte de fazer rendas é uma herança que o europeu deixou
no Brasil. As noivas costumavam encomendá-las para o enxoval e, os
padres, para os seus paramentos. Os pontos das rendas podem ser:
carocinho de arroz, meia-lua, flor de goiabeira, traça, caracol,
margarida, bico de pato. Como a confecção de rendas é uma atividade
corrente no Nordeste, a mulher rendeira passou também a ser uma figura
típica da região.
No
folclore nordestino encontram-se presentes os poetas e trovadores.
Mediante a proliferação das oficinas tipográficas, a famosa literatura
de cordel (os folhetos populares), com as suas capas ilustradas com xilogravuras, é colocada à disposição do público.
Há que se destacar alguns importantes poetas populares: Catulo da Paixão Cearense (conhecido
no País e no exterior), Leandro Gomes de Barros (um dos principais
expoentes da arte cordelística brasileira), Antônio Gonçalves da Silva
(apelidado Patativa do Assaré,
que nasceu e viveu no município de Assaré, no Ceará), o pernambucano
José Saturnino dos Santos (conhecido como Andorinha), os paraibanos
Sebastião Marinho, Pedro Bandeira ("O Príncipe dos Poetas do Nordeste") e
Zé Limeira (este último, de Taperoá), entre inúmeros talentosos
profetas do verso e da viola.
Segue abaixo um exemplo dos versos desses poetas.
Do cordel para o repenteÉ diferente o traçadoPorque o cordel é escritoE o repente é improvisadoO cordel tem de ser lidoE o repente cantado.(Andorinha)Repentista respeitadoNarra, canta e profetizaGera mito, cria leiForma lenda e faz pesquisaCantador faz tudo issoInda canta e improvisa.(Sebastião Marinho)O nordestino é quem botaEsse São Paulo pra frenteFez de Maluf prefeitoDe Itamar presidenteInda tem cabra safadoQue marginaliza a gente.Vamos chegar a 2000Com muitos descamisadosNa farsa dos presidentesNa gula dos deputadosNosso Brasil inda viveDe pés e mãos amarrados.(Pedro Bandeira)
Cabe
dizer, finalmente, que as distintas manifestações e elementos culturais
tanto podem ser conservados em seu formato original, mantendo-se
inalterados através do tempo, quanto podem ser modificados, renovados ou
mesmo abandonados, por vezes desaparecendo para sempre.
Do
acervo popular que representa o folclore fazem parte: os amoladores de
tesouras e de facas, que anunciam os seus serviços pelas ruas; os
vendedores de algodão-doce, cavaquinho, japonês, vassouras, cuscuz,
colheres-de-pau; a culinária, o artesanato, os cantadores de viola, os
maracatus, reisados e pastoris, enfim, tudo e todos que, sem qualquer
intencionalidade, continuam mantendo os hábitos e costumes do Nordeste,
preservando e enriquecendo a cultura popular dessa região do Brasil.
Recife, 24 de julho de 2003.
(Texto atualizado em 5 de maio de 2008).
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Fonte: VAINSENCHER, Semira Adler. Folclore do Nordeste Brasileiro. Pesquisa Escolar Online, Fundação Joaquim Nabuco, Recife. Disponível em: <http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/>. Acesso em:dia mês ano. Ex: 6 ago. 2009.
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