As terríveis experiências médicas do Nazismo
Por Thamyris Fernandes 12 meses atrás
As terríveis experiências médicas do Nazismo
Não é preciso ser um gênio da História para saber que a 2ª Guerra Mundial foi um período traumático para a humanidade. Milhares de pessoas morreram nas batalhas e outras tantas foram capturadas e levadas para os campos de concentração. Esse foi o destino, como sabemos, da maioria dos judeus que viviam na Alemanha.
Acontece, que nesses lugares temíveis – onde as pessoas eram mal tratadas e exploradas até a morte em trabalhos escravos – as mazelas não se resumiam somente à devastação da Guerra com seus ataques aéreos e tiroteios. Nas mãos de médicos como Josef Mengele, Sigmund Rascher, Eduard Wirths e Werner Fischer, inúmeros experimentos científicos, dignos de filmes de terror, foram colocados em prática, usando os prisioneiros como cobaias.
Conheça, na lista abaixo, as piores e mais temíveis experiências médicas realizadas na época do Nazismo:
TESTES MILITARES
Visavam soluções para aumentar a eficácia dos soldados nos campos de batalha, tais como:
Congelamento
As vítimas, que nesses casos sempre estavam nuas, eram colocadas em tonéis de água praticamente congelada ou expostas ao gelo. A intenção dos médicos nazistas era calcular a resistência máxima do ser humano ao frio. Claro que inúmeras pessoas morriam por hipotermia no meio dos experimentos, que não paravam por aí. Isso porque depois do óbito, os pesquisadores ainda testavam métodos de reanimação.
Aquecimento
Esses também eram testes que buscavam determinar o limite do corpo humano diante do aumento de temperatura. Os prisioneiros de guerra ficavam expostos a luzes incandescentes ou imersos em caldeirões com água fervente. Não raro as próprias “cobaias” do congelamento participavam desse outro experimento, na tentativa de reanimação, quando as pessoas estavam quase mortas. Não há registros de sobreviventes nessas experiências.
Pressão
Outros experimentos cruéis aos quais eram expostos os prisioneiros, foram os testes de pressão. Os pesquisadores da época queriam descobrir qual a altitude segura para os soldados alemães. Muitas pessoas perderam a consciência ou morreram sofrendo convulsões pela pressão intracraniana excessiva. Segundo os registros históricos, das 200 vítimas desses experimentos, 80 morreram durante os testes. O restante foi executado em seguida.
Água do mar
Não dá para dizer exatamente se o teste era para saber se as pessoas sobreviveriam ou se morreriam mais rápido consumindo água do mar, mas aconteceu. Um grupo de 90 ciganos foi deixado em uma câmara, recebendo apenas pouco alimento e água salgada. Conforme os relatos dos experimentos, de tão desidratados, eles eram vistos lambendo os azulejos recém-lavados do lugar, no desespero por água potável.
Estilhaços
Herta Oberheuser, uma médica que ficou famosa por seu sadismo, foi responsável por esses dolorosos experimentos. Durante os testes, ela feria suas vítimas com pregos, cacos de vidro, serragem e lascas de madeira para simular as condições de luta entre os soldados e verificar o prejuízo que os ferimentos por estilhaços poderiam causar.
Fome
Milhares de prisioneiros, inclusive muitas crianças, foram deixados sem alimento em testes de subnutrição.
TESTES DE EUGENIA
Testes que buscavam maneiras rápidas e eficazes de esterilização em massa, para impedir que pessoas não arianas se reproduzissem. Entram para esse corredor os testes:
Injeção química
Misturas bombásticas eram injetadas diretamente no útero das vítimas, como as famosas injeções de iodo e nitrato de prata. Além da esterilização, eles perceberam ainda terríveis efeitos colaterais, como câncer e hemorragia interna.
Radiação
Sem que os prisioneiros soubessem, eles eram expostos a radiação excessiva e ficavam estéreis em menos de 3 minutos. Foi a forma mais pontual que os médicos nazistas encontraram para o “problema”, chegando a esterilizar mais de 400 mil pessoas. Mas os efeitos também eram desastrosos, causando mortes imediatas ou na câmara de gás, uma vez que as cobaias saíam machucadas dos experimentos e eram, assim, consideradas inúteis.
Diferença “racial”
Inúmeras cobaias humanas, de diferentes etnias, foram infectadas com as mesmas doenças para que os médicos nazistas analisassem a evolução da enfermidade em cada uma delas.
TESTES DE CIÊNCIA GERAL
Com o argumento de aprimorar a ciência, os médicos nazistas fizeram os mais inescrupulosos testes com seres humanos.
Testes com gêmeos
Experimentos terríveis foram feitos com gêmeos. Um deles, por exemplo, tentou gerar siameses interligando seus vasos sanguíneos. Dos mais de 1.500 gêmeos, somente 183 sobreviveram aos campos.
Doenças
Testes em busca da cura da malária, tifo, tuberculose, febre amarela, febre tifoide e hepatite foram feitos em milhares de presos. As vítimas eram, deliberadamente, infectadas com as doenças. Cerca de 90% das pessoas que participaram desses testes morreram. Além disso, os vivos eram dissecados para que os médicos pudessem ver a forma como a doença se espalhava pelo corpo.
Venenos
Em busca de antídotos para substâncias tóxicas, muitos prisioneiros foram envenenados. Além disso, suas reações eram observadas para entender quais os efeitos que causavam no organismo. Os que não morreram após as convulsões e outros efeitos foram mortos para análise.
Regeneração
Muitos prisioneiros foram vítimas de fraturas, infecções, enxertos ósseos ou amputações propositais, realizadas pelos médicos nazistas. Aliás, as vítimas não recebiam nem o privilégio das anestesias. Depois de tudo isso, os experimentos eram finalizados com tentativas de reimplantes, para registrar como o corpo se regenerava.
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