Aninha Franco: ACM e a política cultural Até os anos 1950, quando Mangabeira e Edgar Santos criaram as escolas de Arte na Bahia, a produção artística e o entretenimento eram práticas amadoras. Salvador não dispunha de bons espaços para a recepção. Espectar era desconfortável. As escolas de arte fomentaram a profissionalização artística e a inauguração de espaços, como o Vila Velha, que lançou carreiras musicais e cênicas, o Castro Alves e o Acbeu. O contato com os mestres das escolas impulsionou criadores e criações, mas inexistia infraestrutura profissional, indústria fonográfica, polo de cinema, produção teatral, e os criadores migravam em busca de trabalho e sobrevivência. Nos anos 1970, a política cultural de ACM iniciou a criação dessa estrutura, mas, a partir de 1983, ela sofreu quebra de continuidade por oito anos e, em 1979, perdeu João Augusto,