Postagens

Mostrando postagens de 2015

O Estudante que derrotou a violência de Alckmin

Imagem
Pendurado pela PM de cabeça para baixo, este estudante derrotou Alckmin. Por Kiko Nogueira in Elissandro da Siqueira dialoga com a PM de Geraldo Alckmin (FOTO MARIVALDO OLIVEIRA) Geraldo Alckmin foi derrotado pelo estudante Elissandro Dias Nazaré da Siqueira, de 18 anos. Elissandro foi preso, com mais cinco pessoas, num protesto contra a “reorganização” da educação pelo governo de São Paulo. Tomou as costumeiras cacetadas da PM e, em seguida, foi algemando e carregado de cabeça para baixo numa rua de Pinheiros. “Estou com muito medo. Eles me ameaçaram para ficar calado e sumir, mas vou continuar na guerra”, disse para a reportagem do Uol. Alessandro resume o espírito dos garotos que estão desmascarando, de maneira implacável, um governante inepto e autoritário. Um cascateiro cuja faceta de coroinha interiorano está sendo atirada no lixo. Ontem, Alckmin perpetrou mais um de seus disparates: “A polícia dialoga, a polícia conversa, a polícia pede para as

SEM EFEITO

Imagem
Para professor da USP, reorganização escolar não vai melhorar qualidade de ensino Ocimar Munhoz afirma que a medida proposta pelo governo Alckmin busca tirar atenção do baixo desempenho das escolas estaduais Docente lembra que a medida aplicada por Alckmin já foi utilizada em outro momento, o que não deu bom resultado São Paulo – O professor Ocimar Munhoz, da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), avalia que a chamada reorganização do ensino anunciada pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), não vai resultar na melhoria da educação pública do estado. Em entrevista à repórter Camila Salmazio, da  Rádio Brasil Atual , ele diz que separar os alunos por faixa etária desvia a atenção do baixo desempenho que as escolas estaduais paulistas vêm demonstrando nos últimos anos. “Na verdade, o pano de fundo, embora não foi anunciado abertamente, é o baixo desempenho dos alunos na rede estadual. A melhoria desse desempenho não passou pelas apostila

“Deveríamos falar menos de escravidão e mais sobre racismo “, João Reis, doutor em história

Imagem
Em entrevista à jornalista Regina de Sá, o doutor em História pela Universidade de Minnesota (EUA) e professor do Departamento de História da Universidade Federal da Bahia, João José Reis faz uma reflexão sobre memória da escravidão e persistência do racismo.   João José Reis faz uma profunda análise sobre a persistência dos impactos da escravidão. Foto: Walter de Carvalho/Ag. A  Regina de Sá  Em um documento redigido no dia 24 de outubro de 1985, a  Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura  (Unesco) apresentava uma lista de 38 localidades com potencial para serem reconhecidas como Patrimônio da Humanidade. Naquele ano, o Centro Histórico de Salvador, a primeira capital do Brasil (1549-1763), ganharia a atenção global com o título dado pela Unesco. No maior conjunto colonial urbano tombado do País, com cerca de três mil imóveis erguidos entre os séculos 17 e 19, desde o São Bento até Santo Antônio Além do Carmo, está o Pelourinho, um dos mais

A grande dívida da Globo

Imagem
Quarenta anos atrás, em 28 de novembro de 1975, culminava a Primeira Reunião Interamericana de Inteligência Nacional. Reunidas em Santiago do Chile, delegações da Argentina, Bolívia, Chile, Uruguai e do Paraguai acordavam uma série de recomendações para seu acionar futuro. O objetivo era formar um organismo para a coleta e troca de informações de cidadãos de cada país considerados subversivos, além de facilidades para os serviços de inteligência de operar além das fronteiras. Por iniciativa da delegação uruguaia e aprovada por unanimidade, em homenagem ao país sede, esse organismo passaria a se denominar CONDOR. Prontamente, o Brasil completaria o grupo. Classificada como supersecreta pelos Estados membros, a “acta do nascimento do Condor” só viria a ser revelada em 1992, juntamente com toneladas de documentos dos “arquivos do terror”, graças ao trabalho investigativo do professor Martim Almada, vítima da tortura do regime de Alfredo Strossner no Paraguai ( ver entrevista publica

Polêmica.

Imagem
20 de novembro ou 13 de maio? Marcos Fabrício Lopes da Silva* Diante desse oportuno questionamento sobre qual das duas datas seria a mais significativa para os negros, Ivan Alves Filho, na revista Carta’ (1994), respondeu que “as duas datas se complementavam, e que era preciso integrar tanto o 20 de Novembro quanto o 13 de Maio à história das lutas pelas liberdades no Brasil, em particular à história da Abolição”. Eufórico, o historiador enalteceu o 13 de maio como marco da “primeira e única revolução social brasileira”, já que concretizou, em termos jurídicos, a transição do escravismo para o capitalismo. Quanto à resistência quilombola simbolizada por Zumbi, Alves Filho considerou o movimento importante, porém, sem ter obtido o êxito da Lei Áurea no que tange à libertação dos negros, por conta da “incapacidade da massa escrava de transformar a História”. Tal fato colabora para a tese do intelectual de que “o 13 de maio incidiu com muito mais vigor sobre a História do Brasil do

O Enem e a falácia da “doutrinação”.

Lembrou na edição desse domingo, 25 de outubro, a insuspeita jornalista econômica Miriam Leitão, que nesses 30 anos, avançamos em três áreas importantes: democracia, estabilidade e inclusão. E que voltar atrás é inaceitável. No sábado, dia 24, a prova de Ciências Humanas do Enem, cujas questões são formuladas por um pool de professores das 57 universidades públicas do país, deu um banho de democracia, estabilidade e inclusão, elencando para os jovens postulantes a uma vaga no ensino superior, questões sobre a terceira revolução industrial e a desterritorialização da produção ( o que lembra o quanto é bem vinda a multietnicidade dos produtos ao mesmo tempo em que renascem os discursos racistas quanto a pessoas), sobre a moda dos selfies e o narcisismo epidêmico das sociedades urbanas contemporâneas, sobre o desencantamento e a racionalização em Max Weber, sobre a precaução necessária com o transgênicos, sobre a luta histórica pela igualdade de gêneros, sobre os condicionamento

Reflexão:

Imagem
O maior problema da educação do Brasil Metade dos jovens entre 15 e 17 anos não está matriculada no ensino médio. Pesquisa inédita mostra que a proporção dos que abandonaram a escola nessa etapa saltou de 7,2% para 16,2% em 12 anos João Loes Não é sempre que apenas uma estatística basta para dar um bom panorama da realidade. O mais comum é que seja preciso esmiuçar diversos números e informações para realmente compreender o que está em jogo. Quem se debruça sobre o ensino médio brasileiro, porém, se depara com uma única estatística que parece sintetizar, de forma clara, a desastrosa situação desta etapa da educação: a taxa de evasão escolar. Uma nova pesquisa da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), com base em informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do IBGE, revela que apenas metade dos jovens com idade entre 15 anos e 17 anos está matriculada no ensino médio. Pior: entre 1999 e 2011, a taxa de evasão nesta faixa mais que dobrou, salta