"Empresas que apoiaram a ditadura poderão ser processadas"
Rosa Cardoso, integrante da Comissão da Verdade "Empresas que apoiaram a ditadura poderão ser processadas" Apesar do atraso de décadas para começar a revisar os crimes da ditadura, a advogada pernambucana Rosa Cardoso da Cunha, mestre em direito penal, que integra a Comissão Nacional da Verdade (CNV), diz não se sentir ansiosa com a tarefa que tem pela frente. Por Carla JIMENEZ Responsável por apurar o envolvimento das empresas no patrocínio do golpe militar de 1964, Rosa precisa organizar as informações levantadas até aqui a respeito do assunto e monitorar os documentos de novos acervos disponibilizados para a CNV. “Foram investidos muitos recursos por empresários brasileiros para que o golpe se mantivesse”, afirma Rosa. A identificação de empresas que forneciam listas negras, com os nomes de trabalhadores suspeitos de subversão, aos órgãos de controle do governo pode vir a gerar processos na Justiça. “O fato pode ser